A polêmica sobre o paracetamol
Foi justamente pela promessa de causar menos efeitos colaterais, que há alguns anos a fórmula antipirética e analgésica do paracetamol acabou desbancando a tradicional aspirina. No entanto, estudos recentes vêm relacionando a substância a maior incidência de doenças alérgicas nas crianças. Vale a pena ficarmos de olho. Uma pesquisa realizada na Nova Zelândia e publicada recentemente no periódico cientifico The Lancet Medical Journal, constatou que o uso indiscriminado do paracetamol em crianças pode ser um risco para o desenvolvimento saudável dos pequenos.
O estudo analisou dados de mais de 200 mil crianças, de 31 países diferentes, cujos pais usaram o medicamento sem acompanhamento médico para tratar da febre. A conclusão foi que as crianças tratadas com a substância pelo menos uma vez por mês ao longo do primeiro ano de vida, possuem 46% mais riscos de desenvolverem asma quando estiverem com seis ou sete anos. Em caso de dosagens ainda mais elevadas, os riscos posteriores podem até triplicar.
Além da asma, outros estudos vêm associando o analgésico ao aumento dos quadros de rinite, rinoconjuntivites e eczemas (alergias na pele).
Mesmo assim, muitos médicos alertam que os resultados ainda não são suficientes para abolir completamente a prescrição do paracetamol aos bebês. Os próprios autores do estudo recomendam que sejam seguidas as diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS), que é não utilizá-lo rotineiramente, mas apenas quando a febre sobe acima dos 38,5°C.
Fonte: ESTADO DO PARANÁ – PR
Enviado por Luan Henrique
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